RESUMO
Objetivos:
Compreender como o enfermeiro significa seu papel na interação com a criança, durante a utilização do Brinquedo Terapêutico e Construir um Modelo Teórico representativo dessa vivência.
Método:
Pesquisa qualitativa realizada à luz do Interacionismo Simbólico e da Teoria Fundamentada nos Dados. Participaram onze enfermeiros de ambos os sexos, com experiência no uso/ensino desse brincar. Coletaram-se dados por observação participante e entrevistas semiestruturadas finalizadas pelo desenho-estória, simultaneamente à análise seguindo os passos: codificação inicial, categorização, codificação teórica, apreensão da categoria central, até atingir-se saturação teórica, permitindo a construção do Modelo Teórico.
Resultados:
Revelaram dois fenômenos interativos. Empenhando-se para oferecer à criança uma assistência acolhedora e efetiva por meio do Brinquedo Terapêutico, desvela a sensibilização do enfermeiro pelo sofrimento da criança/adolescente, reconhecendo sua natureza lúdica e o brincar como essencial ao seu trabalho, levando-o a “abraçar essa causa”. Implementando ações para que o Brinquedo Terapêutico seja uma realidade no cuidado da criança/adolescente, descreve as ações do enfermeiro quando passa a utilizá-lo auxiliando a criança no enfrentamento das dificuldades, favorecendo vínculo, catarse, protagonismo, acolhimento, enfrentando dificuldades ou recebendo apoio da instituição, ficando com fama de “enfermeiro que brinca”, sentindo-se gratificado. Sua integração possibilitou a construção do Modelo Teórico: Sentindo-se gratificado e realizado por promover uma assistência qualificada e humanizada à criança/adolescente pelo Brinquedo Terapêutico, representativo da essência dessa vivência.
Conclusão:
Interagindo ludicamente com a criança, o enfermeiro reconhece vários sentimentos que o mobiliza: satisfação, senso de responsabilidade e reciprocidade e percebendo-se como agente de mudanças em prol de um cuidado lúdico qualificado.
DESCRITORES:
Jogos e brinquedos; Enfermeiro e enfermeira; Enfermagem pediátrica; Competência profissional; Assistência de enfermagem; Saúde mental