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A escuta terapêutica no cuidado clínico de enfermagem em saúde mental

Pesquisa que visou compreender a concepção da escuta terapêutica no cuidado clínico de enfermagem em saúde mental. Estudo de abordagem qualitativa, realizado com nove enfermeiros inseridos nos serviços de saúde mental. Os dados foram produzidos através de entrevistas semiestruturadas e analisados pela análise do discurso de Michel Pechêux. Identificou-se que a escuta está destituída do seu potencial terapêutico; é concebida como meio para se obter informações sobre o sujeito em sofrimento psíquico que, em síntese, correspondem aos sinais e sintomas objetificados no corpo. Em alguns momentos, essa prática é norteada pelo referencial psicossocial. A prática da escuta destoa dos princípios da Reforma Psiquiátrica, pois não possibilita a inserção do sujeito no processo de cuidar e desconsidera a sua fala enquanto expressão da sua existência-sofrimento. Apesar de conter elementos do referencial psicossocial, na prática, a escuta se limita a abordar o sofrimento psíquico sem reconhecer o sujeito que sofre.

Enfermagem; Saúde mental; Serviços de saúde mental


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