O propósito deste artigo é refletir sobre como um médico maiorquino pensava as questões em torno a saúde reprodutiva das mulheres e das crianças, quando, em 1541, redigiu um pequeno manual sobre obstetrícia, ginecologia e pediatria. Partindo de situações atuais de estudos versando sobre a obstetrícia e sua evolução histórica, realiza-se uma revisão de literatura sobre o manual de Carbó e uma análise crítica do documento, pelo qual se examinaram as propostas do autor, relativas as atitudes que devia ter a parteira, suas competências e destrezas. A enfermeira obstetra da época gozava de prestígio social e os médicos, aproveitando sua experiência, constituem-se como autores do cuidado obstétrico e utilizam a formação da parteira como veículo de autopromoção. Carbó concebeu as obstetrizes como expertas em sua arte, com boa disposição física, engenhosas, discretas, honradas e boas cristãs.
História da enfermagem; Enfermagem obstétrica; História da medicina do século 16