Este trabalho aborda a formação inicial em enfermagem e sua prática profissional utilizando para isso instrumentos conceptuais pertencentes ao "paradigma da complexidade": esquemas teóricos dinâmicos, categorias conceptuais ambivalentes utilizados para dar conta das incertezas, indeterminações e fenômenos aleatórios que compõem os processos que tem lugar na formação inicial de enfermagem e em seu exercício profissional. Categorias que tratam de ir além do reducionismo positivista que havia pretendido eliminar a imprecisão, a ambigüidade e a contradição, e se situam em uma perspectiva na qual o paradoxo, a dualidade, a incerteza ou a contradição que, antes de serem erros ou limites de nosso pensamento, são características constitutivas da realidade do cuidado e dos processos formativos que capacitam para seu exercício profissional. A tese central destas formulações afirma que as formas de representação positivista atribuem aos fenômenos do cuidado profissional da saúde e aos de seu ensino uma certeza da que realmente carecem.
Educação em enfermagem; Enfermagem; Prática profissional