RESUMO
Objetivo:
traduzir, adaptar culturalmente e validar a escala Full Outline of UnResponsiveness para o português do Brasil.
Método:
estudo metodológico realizado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Brasil, por meio das etapas: tradução, síntese, avaliação pelo comitê de especialistas, retrotradução, consenso, avaliação semântica e pré-teste. Alcançou-se uma amostra de 188 pacientes adultos. A coleta de dados ocorreu entre agosto e dezembro de 2020. Analisou-se a validade de critério concorrente comparando a escala Full Outline of UnResponsiveness com a Escala de Coma de Glasgow por meio dos coeficientes de correlação de Spearman e Pearson, e a validade preditiva com a Regressão de Cox, Sensibilidade e Especificidade e Área Sob a Curva Receiver Operating Characteristic. Adotaram-se, também, o alfa de Cronbach e os coeficientes Kappa ponderado e de Correlação Intraclasse para a confiabilidade interobservador.
Resultados:
o teste de Spearman para os itens resposta motora e ocular, respectivamente, resultou-se em 0,81 e 0,96, e o de Pearson para o escore total em 0,97. Obteve-se um risco relativo de 0,80, especificidade de 95,5%, sensibilidade de 51,6% e acurácia de 0,80 (IC95%: 0,688-0,905, p<0,001). O alfa de Cronbach foi de 0,94, o Kappa ponderado variou entre 0,89 e 1,0 e o ICC resultou em 0,99.
Conclusão:
a escala Full Outline of UnResponsiveness - versão brasileira, manteve quatro domínios e os 20 itens da escala original, tornando-se apropriada para utilização no Brasil e contribuindo para a avaliação do nível de consciência e prognóstico de pacientes adultos em condição grave.
DESCRITORES:
Estudo de validação; Psicometria; Enfermagem; Estado de consciência; Adulto