RESUMO
Objetivo:
analisar as práticas de enfermeiros recém-formados em face das suas representações sociais sobre o cuidado intensivo ao paciente crítico prestado em unidades de pacientes não-críticos.
Método:
pesquisa qualitativa, pautada nas representações sociais, com 26 enfermeiros recém-formados em uma universidade privada do Rio de Janeiro (Brasil). Coleta de dados entre 2016 e 2017 por entrevista semiestruturada e análise do tipo lexical pelo software Alceste.
Resultados:
o contexto da Unidade de Terapia Intensiva influencia as representações sociais, o que mobiliza aspectos identitários deste ambiente que estereotipam a enfermaria como um local desorganizado e que não dispõe de recursos materiais e de profissionais capacitados. Com isso, quando os recém-formados agem e apesar do esforço e dedicação não conseguem transferir o paciente, exacerbam-se o medo e falta de confiança, resultando em ações que podem trazer riscos ao paciente.
Conclusão:
há estereótipos em relação à clínica que limitam as ações de cuidado do recém-formado frente ao paciente crítico, devendo ser resignificados na formação generalista. Recomenda-se desenvolver programas de acompanhamento dos enfermeiros recém-formados.
DESCRITORES:
Enfermagem; Terapia intensiva; Prática profissional; Psicologia social; Cuidados de enfermagem