RESUMO
Objetivo:
identificar os fatores relacionados ao consumo nocivo de álcool, considerando tanto as características sociodemográficas quanto os estados de humor.
Método:
estudo quantitativo transversal, realizado com 395 trabalhadores não docentes em um campus de uma universidade pública do interior do estado de São Paulo, no período de julho de 2017 a junho de 2018. Foram utilizadas informações sobre o perfil sociodemográfico, o estado de humor e o padrão de uso de álcool. Foram empreendidos os Testes de Qui Quadrado de Pearson, Exato de Fischer e Regressão Logística para análise dos dados, utilizando o programa estatístico SPSS.
Resultados:
identificou-se que 66% dos trabalhadores consumiram bebidas alcoólicas nos últimos 12 meses. Desses, 19% foram classificados na faixa de consumo nocivo de álcool. Destaca-se que 35,2% (n=139) dos trabalhadores mencionaram o uso em binge e 26,5% (n=105) consomem álcool de duas a quatro vezes ao mês. Essas variáveis foram associadas estatisticamente com o sexo, religião e nível de escolaridade. Além disso, identificou-se correlação negativa entre o escore AUDIT e o fator “fadiga” da escala de humor. Ao final, observou-se que os indivíduos do sexo masculino e aqueles com menor escolaridade tinham mais chances de consumir álcool no padrão nocivo.
Conclusão:
sugere-se o desenvolvimento de iniciativas de promoção de saúde e prevenção de agravos por meio de ações de educação em saúde e outras estratégias psicossociais para o acolhimento destes trabalhadores.
DESCRITORES:
Consumo de bebidas alcoólicas; Humor; Trabalhadores; Promoção da saúde; Condições socioeconômicas