RESUMO
Objetivo:
Compreender as relações familiares vivenciadas no contexto de violência conjugal.
Método:
Estudo qualitativo que utilizou a Teoria Fundamentada nos Dados vertente construtivista. Participaram 23 mulheres, das quais três eram filhas de mulheres em situação de violência conjugal. Os dados foram coletados no período de março a novembro de 2021, mediante entrevistas on-line nas redes sociais Facebook ® e WhatsApp ® . O processo analítico envolveu a comparação constante dos dados, além da codificação inicial e focalizada.
Resultados:
O fenômeno central “Significando as relações familiares no contexto de violência conjugal” e os processos “Sofrimento vivenciado por mães e filhas(os) a partir da violência conjugal”; “Mobilizando-se para o rompimento da violência conjugal pelo sofrimento das(os) filhas(os)”; e “Mães e filhas percebendo às repercussões da violência conjugal experienciada na relação familiar” revelam o impacto da violência para além das mulheres, repercutindo também na vida dos filhos. A dor e o sofrimento experienciados, direta ou indiretamente, perduram ao longo do tempo, influenciando no modo com que significam suas relações familiares e sociais.
Conclusão:
A violência conjugal foi um processo vivenciado por mães e filhos, sendo estes mobilizadores do desejo e ações de rompimento do agravo. Os significados atribuídos a esta vivência são construídos, compartilhados, elaborados e modificados ao longo do tempo, mas suas repercussões perduram com implicações à saúde e bem estar das vítimas: mães e filhos.
DESCRITORES:
Violência contra a mulher; Teoria fundamentada; Relações Familiares; Cuidados de enfermagem; Saúde da mulher