RESUMO
Objetivo:
identificar estímulos que interferem na adaptação de longevos no domicílio, após internação na unidade de terapia intensiva e alta hospitalar.
Método:
estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado com longevos que estiveram internados na unidade de terapia intensiva e já se encontravam em domicílio, após alta hospitalar. A coleta de dados ocorreu através de entrevista aberta e foi realizada na unidade de terapia intensiva do hospital e no domicílio dos longevos. As visitas domiciliares aconteceram entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018, e foram realizadas em sete cidades. Utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin, e a discussão pautou-se na Teoria de Adaptação de Callista Roy. Os cuidados éticos e legais foram rigidamente respeitados.
Resultados:
participaram do estudo 11 longevos, com idade entre 80 e 94 anos. A partir dos depoimentos dos participantes emergiram duas categorias: Estímulos que contribuem para respostas comportamentais adaptáveis em longevos e Estímulos que afetam negativamente a adaptação dos longevos.
Conclusão:
os principais estímulos que contribuíram para um comportamento adaptativo dos longevos foi o retorno para o seu domicílio, o apoio familiar e a rede de apoio social. Em contrapartida, os estímulos que afetaram negativamente a adaptação foi o medo, a falta de informação e dificuldades na continuidade do cuidado. Ressalta-se o papel fundamental dos profissionais de saúde da unidade de terapia intensiva e da unidade hospitalar no preparo do longevo e sua família para a alta hospitalar e retorno domiciliar.
DESCRITORES:
Idoso de 80 anos ou mais; Unidades de terapia intensiva; Alta do paciente; Adaptação; Resultados de cuidados críticos