Este estudo teve como objetivo compreender o significado de vivenciar a doença mental na família com vistas a identificar os recursos adaptativos da mesma. Trata-se de um estudo exploratório descritivo com abordagem qualitativa, realizado em um Centro de Atenção Psicossocial do interior do Estado do Rio Grande do Sul. A amostra do estudo constituiu-se de 10 familiares do cotidiano de portadores de transtorno mental. Os resultados apontam as dificuldades de manejo da família em situações de crise, a culpa pela doença; a solidão e o desamparo, quando do aparecimento dos primeiros sintomas; os sentimentos, como o medo, a tristeza, a vergonha e a raiva, assim como, o afeto e o cuidado presentes. Conclui-se que o suporte de informações para os familiares amenizaria o sentimento de culpa, diminuindo em grande parte o sofrimento dos familiares, assim como, a necessidade de a família ser co-partícipe do tratamento e da reabilitação.
Saúde mental; Adaptação psicológica; Família