RESUMO
Objetivos:
identificar os níveis de autoeficácia e autoestima em estudantes de graduação em enfermagem e verificar a relação destes constructos entre si e com variáveis sociodemográficas.
Método:
estudo transversal, com amostra constituída por 264 estudantes de duas instituições de ensino superior. A autoestima e a autoeficácia foram mensuradas pelas versões brasileiras das Escalas de Autoestima de Rosenberg e de Autoeficácia Geral e Percebida, respectivamente.
Resultados:
identificou-se predomínio de autoeficácia moderada a alta, com pontuação média de 35,29 e de autoestima moderada, com uma média de 23,48. A autoeficácia foi associada ao sexo masculino, opção prioritária no vestibular pela enfermagem, satisfação com o curso e ausência de sobrecarga, além de correlacionar-se positivamente com a idade e autoestima.
Conclusão:
os níveis de autoeficácia e autoestima foram moderados/altos e moderados, respectivamente. Estes constructos mostraram relação entre si e assumem um papel imprescindível tanto na vida pessoal do indivíduo como no processo de profissionalização. Estes achados apontam para a necessidade do fortalecimento da saúde mental nesta população, sobretudo, em estudantes vulneráveis (sexo feminino, sobrecarga de atividades, insatisfação com o curso e baixa autoestima e autoeficácia), de modo a favorecer o sentimento de valor que atribuem a si próprios e a crença em suas capacidades.
DESCRITORES:
Autoimagem; Autoeficácia; Estudantes de enfermagem; Saúde mental; Enfermagem