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Maquiavelianas brasileiras: dissimulação, ideias políticas e revoltas coloniais (Portugal, séculos XVII e XVIII)1 1 Estudo desenvolvido no âmbito no projeto de bolsa produtividade do CNPq "Tradições intelectuais e lutas políticas na América portuguesa moderna, séculos XVI-XVIII". O embrião deste artigo foi a comunicação apresentada no Colóquio internacional Maquiavel dissimulado: heterodoxias político-culturais no mundo luso-brasileiro, na UFF, em outubro de 2011. Sou grato ao convite de Rodrigo Bentes Monteiro, que acreditou em uma nota de rodapé perdida num velho artigo. Cabem agradecimentos a Sérgio Alcides, Enzo Baldini, Giuseppe Marcocci, Ângela Barreto Xavier e Silvia Patuzzi pelas vivas sugestões propostas durante os debates. Sou grato aos pareceristas anônimos da TEMPO que contribuíram para reparar omissões e imprecisões.

A teoria política sobre o poder da monarquia católica em Portugal, apesar de não ver com bons olhos os expedientes dissimulatórios, não conseguiu evitar seu uso diante da gravidade que assumiu a luta de resistência dos súditos na América. Em muitas dessas situações, se sustentou o uso da dissimulação, especialmente entre 1640 e a primeira metade do século XVIII. Na mais importante esfera de debates dos problemas políticos da colônia - o Conselho Ultramarino -, a recomendação da arte do segredo foi francamente defendida, mas, progressivamente, condenada, uma vez que, aparentemente, foi incapaz de reduzir as revoltas. A defesa da dissimulação em O príncipe, mesmo se distinguindo da razão de Estado católica, baliza o debate que toma conta dos autores da política cristã nos séculos XVI e XVII.

dissimulação; Portugal; Brasil colônia


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