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A maior empresa que nunca um príncipe cristão teve nas mãos: conquistar e conservar territórios no Índico nos tempos de Maquiavel1 1 Este estudo realizou-se no âmbito dos projetos O governo dos outros: imaginários políticos no império português, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (Portugal), PTDC/HIS/104640/2008, e do projeto Terras além dos mares: direitos de propriedade no império português moderno, financiado pela mesma entidade, PTDC/HIS-HIS/113654/2009. Agradeço muito a generosidade da Rita Marquilhas, que me disponibilizou bibliografia essencial para o enquadramento da correspondência de Albuquerque.

Quais conexões se podem estabelecer entre o pensamento teórico de Maquiavel em torno da conquista e conservação de territórios e a prática de Afonso de Albuquerque, nos territórios do Índico, plasmada numa intensa correspondência trocada com D. Manuel I? Esse é o problema ao qual se procura dar resposta neste ensaio, no qual se recorre a uma perspectiva transnacional das dinâmicas políticas e intelectuais da época moderna. Esse enfoque permite identificar a existência de uma tessitura cultural comum às elites políticas do sul da Europa quinhentista, que ajuda a explicar a existência de interessantes continuidades entre essas duas figuras políticas da Europa de Quinhentos. Ao mesmo tempo, suas diferentes biografias e contextos de ação - o de Maquiavel, essencialmente italiano, e o de Albuquerque, português, africano e asiático - ajudam a explicar algumas das diferentes soluções políticas que se podem encontrar na escrita de ambos.

Maquiavel; Afonso de Albuquerque; império português


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