Resumo:
Até meados de 1930, o corporativismo representou o veículo principal de ego-representação que o Fascismo apresentou para a sua própria resolução da crise do estado moderno; o investimento em corporativismo não só envolveu a tentativa de construir uma arquitetura institucional nova que regulava as relações entre o Estado, o indivíduo e a sociedade, mas também envolveu o debate legal, econômico e político. Porém, enquanto a importância do corporativismo desapareceu nos últimos anos do regime, o trabalho, assunto com o qual estava geneticamente ligado, encontrou um novo ímpeto. Depois do Dia da Libertação, a questão do trabalho não foi abandonada junto com o corporativismo; ela foi colocada no Artigo 1° da Constituição. O objetivo deste trabalho é o reconhecimento das culturas políticas que, nos anos entreguerras, enfrentaram os processos supracitados, com referência particular para a “esquerda” fascista, para os socialistas reformistas e, acima de tudo, para os Católicos de diferentes orientações, examinando algumas características da relação entre a questão trabalhista e o Estado em todo século XX.
Palavras-chave:
Fascismo italiano; Estado corporativo; Catolicismo social; Trabalho; Constituição Republicana