Resumo:
O artigo trata sobre disputas pelo acesso legítimo a bens do agronegócio na região centro-sul da Zona Rural chilena entre os anos 1824 e 1875. Essa área experimentou a expansão das fazendas de trigo e a consequente indisponibilidade social da terra, do gado e de seus derivados. O estudo tem por objetivo expor as tensões entre os representantes dessas terras e o papel que levou à “proximidade” entre alguns deles nessa conjuntura econômica crítica. Com base no ramo culturalista da história da justiça, analisam-se expedientes judiciais por furto e roubo desse tipo de recursos. Como resultado, evidenciaram-se noções compartilhadas em torno do acesso legítimo a tais bens, primando por valores como necessidade e costume, mais do que por conceitos como eficiência econômica ou inviolabilidade da propriedade.
Palavras-chave:
História agrícola; História da justiça; Legitimidade