Resumo
O setor judiciário se constituiu em estratégico caminho tomado por parcelas das elites coloniais, para se distinguirem e se legitimarem -dentro da hierarquia social do império português. O pertencimento a um tribunal foi uma distinção das mais cobiçadas. O objetivo central deste artigo é refletir sobre esse processo de mobilidade social ascendente, a partir da identificação e análise das ações dos membros das elites baianas do século XVIII em sua busca pelo acesso ao universo das magistraturas portuguesas. O uso dos critérios de distinção hierárquica como estratégia de ascensão social alcançou os nascidos na colônia por meio das diversas possibilidades permitidas por uma economia da mercê, materializada pelo acesso a instituições como o Santo Ofício ou a uma Ordem Militar, e também pelo pertencimento à República das Letras.
Palavras-chave:
Bahia colonial; magistratura; economia da mercê.