Resumo:
O artigo aborda 14 estádios de grande capacidade erguidos por governos estaduais entre 1964 e 1985, 12 dos quais nomeados em homenagem a governadores da Arena. O objetivo é explorar a utilização desse procedimento como ferramenta na cultura política do período e como mecanismo que, décadas depois, segue ativo na legitimação de um passado compartilhado. Aborda ainda histórias inexploradas desses estádios por meio da consulta à documentação do Arquivo Nacional e da Biblioteca Nacional e dialoga com questões historiográficas relativas à disputa de memória a respeito da ditadura na sociedade brasileira. A pesquisa destaca a articulação entre membros do governo e da sociedade civil na nomeação e na manutenção dos nomes dos estádios, a constituição desses espaços como lugares de memória e a adoção de procedimentos que naturalizam o passado de forma não crítica.
Palavras-chave: Governos Estaduais; Memória; História do Esporte