Este artigo visa analisar o modo como os discursos bramânicos que circulavam no espaço indiano (nos quais a pureza ritual e a endogamia eram topoi recorrentes) foram percebidos, experienciados e apropriados pelos agentes ao serviço da coroa de Portugal. Entre outros aspectos, interessa-me perceber em que medida é que esses discursos tiveram paralelo em (ou dialogaram com) os discursos linhagísticos que alimentaram os estatutos de limpeza de sangue, cada vez com maior expansão e aplicação no contexto metropolitano ibérico e seus respectivos territórios imperiais
Limpeza de sangue; nobreza; bramanismo