Resumo
Este artigo propõe uma análise dos funerais de “homens de letras” dentro do plano mais geral das transformações nos rituais políticos e nas formas de consagração cívica que caracterizaram o período final do império e início da república. Pretende-se indicar uma leitura ampliada desse tipo de eventos, que aponta suas vinculações com um regime de memória determinado e com transformações mais profundas em modos diversos de dar sentido ao passado. Alterações nas formas da escrita da história, das biografias e nas práticas de monumentalização adquirem particular relevância nesse tipo de reflexão, que não implica desconsiderar as especificidades dessas diferentes práticas letradas ou gêneros de discursos.
Palavras-chave:
funerais cívicos; homens de letras; escrita da história.