Professores |
Ausência de significado pessoal no seu trabalho e desvalorização profissional. Baixos salários, precariedade das condições de trabalho, elevado número de alunos por sala de aula, pressões exercidas pelos pais dos alunos e pela sociedade em geral à violência instaurada nas escolas. |
Despersonalização e relação profissional reduzida. Interferência no bem-estar psicológico e na qualidade de vida das pessoas (Bock e Sarriera, 2006BOCK, Vivien R.; SARRIERA, Jorge. O gru-po operativo intervindo na Síndrome de Burnout. Psicologia Escolar Educacional, Campinas, v. 10, n. 1, p 31-39, 2006.; Santos, 2006SANTOS, Daniela C. A promoção da saúde mental no trabalho inserido em processo de gestão de pessoas em uma organização escolar. Monografia. (Especialização MBA em Gestão Estratégica de Pessoas) – Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, 2006.; Canova e Porto, 2010CANOVA, Karla R.; PORTO, Juliana B. O impacto dos valores organizacionais no estresse ocupacional: um estudo com pro-fessores de ensino médio. Revista de Admi-nistração Mackenzie, São Paulo,v. 11, n. 5. p. 4-31, 2010.). |
Enfermeiros |
Altas demandas físicas e emocionais, associadas ao local de trabalho. Cumprimento de longas jornadas de trabalho, inadequação de equipamentos e contato com situações de riscos químicos e físicos. |
Estimulação do sistema nervoso simpático causando elevação da pressão arterial e redução da resposta autoimune. Desenvolvimento de transtornos mentais. Dependência de medicamentos. (Diaz-Rodriguez et al., 2011DIAZ-RODRIGUEZ, Lourdes et al. Uma ses-são de Reiki em enfermeiras diagnosticadas com Síndrome de burnouttem efeitos bené-ficos sobre a concentração de IgA salivar e a pressão arterial. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, São Paulo, v. 19, n. 5, 2011.; Peres et al. 2011PERES, Rodrigo S. et al. Compartilhar para conviver: relato de uma intervenção baseada em grupos de encontro para abordagem de estressores ocupacionais. Revista SPAGESP, Ribeirão Preto, v. 12, n. 1, p. 14-21, 2011.; Kurebayashi et al., 2012KUREBAYASHI, Leonice F. S. et al. Aplica-bilidade da auriculoterapia com agulhas ou sementes para diminuição de estresse em profissionais de enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 46, n. 1, p. 89-95, 2012.) |
Agentes penitenciários |
Intimidações, agressões e ameaças. Possibilidade de rebeliões e violências em geral. |
Distúrbios de comportamento e abuso de álcool e distúrbios do sono. Comportamentos com características compulsivas (TOC). Vigiar as relações pessoais dos filhos e manifestar intolerância frente à sua conduta (Fernandes et al., 2002FERNANDES, Rita C. P. et al. Trabalho e cárcere: um estudo com agentes peniten-ciários da Região Metropolitana de Salvador, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 18, n. 3, p. 807-816, 2002.; Rumin et al., 2011RUMIN, Cassiano R. et al. O sofrimento psí-quico no trabalho de vigilância em prisões. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 31, n. 1, p. 570-581, 2011.). |
Agentes de trânsito |
A vulnerabilidade a assaltos, conflitos e agressões, tanto morais quanto físicas. |
Queda no desempenho, absenteísmo e adoecimento (Lancman, Sznelwar e Jardim, 2006LANCMAN, Selma; SZNELWAR, Laerte I.; JARDIM, Tatiana A. Sofrimento psíquico e envelhecimento no trabalho: um estudo com agentes de trânsito. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 17, n. 3, p. 129-136, 2006.). |
Universitários |
Ansiedade contínua |
Aumento do funcionamento da glândula suprarrenal (aumentando o risco de infarto) e redução do funcionamento do timo e de gânglios linfáticos (levando à depressão do sistema imune) (Lyra et al., 2010LYRA. Cassandra S.; NAKAI, Larissa S.; MARQUES. Amélia P. Eficácia da aromaterapia na redução de níveis de estresse e ansiedade em alunos de graduação da área da saúde: estudo preliminar. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v. 17, n. 1, p. 13-7, 2010.). |
Administrativos de universidade |
Pressão para alta produtividade, falta de autonomia e retaliação das chefias. |
Alterações neuroendócrinas prolongadas, tornando o organismo vulnerável ao surgimento de doenças diversas (Murta e Tróccoli, 2009MURTA, Sheila G.; TROCCOLI, Bartholomeu T. Intervenções psicoeducativas para ma-nejo de estresse ocupacional: um estudo comparativo. Revista Brasileira de Terapia Comportamental Cognitiva, Campinas, v. 11, n. 1, p. 25-42, 2009.). |
Terapeutas ocupacionais |
Gravidade do diagnóstico e prognóstico dos pacientes. Pouca valorização e reconhecimento social da profissão. Discrepância entre as experiências geradas pela formação acadêmica e a realidade com relação aos resultados da intervenção com pacientes crônicos. |
Contato mínimo com os pacientes, atrasos, saídas antecipadas, afastamento da área de trabalho, absenteísmo, consumo de café, álcool, tabaco e/ou medicamentos psicofármacos (Nabergoi e Bottinelli, 2004NABERGOI, Mariela; BOTTINELLI, Maria M. Saúde do terapeuta ocupacional como trabalhador: Síndrome de burnout, eixo para pensar nas relações entre reflexivi-dade, pesquisa e prática. In: LANCMAN, Selma. Saúde, trabalho e terapia ocupacional. São Paulo: Roca, 2004. Capítulo 10. p. 187-208.). |
Médicos residentes |
Muitas horas de trabalho, privação do sono, erros médicos em estágios. |
Diminuição do cuidado, aumento da raiva. Impacto negativo no desempenho e nos relacionamentos com os colegas e pacientes (Satterfield e Becerra, 2010SATTERFIELD, Jason; BECERRA, Caroline. Developmental challenges, stressors and coping strategies in medical residents: a qualitative analysis of support groups. Medical Education, v. 44, n. 9, p. 908-916, set. 2010.). |