Reflete sobre algumas questões importantes para o arranjo de fotografias em arquivos. Considera-se aqui o arranjo arquivístico um ato de comunicação e, como tal, se estrutura através do enunciado narrativo da vida e obra de José Pedro Miranda, intelectual e historiador que na segunda metade do século XX produziu e acumulou vasta documentação sobre Ribeirão Preto, em especial um número significativo de fotografias. E através deste propõe-se analisar a narrativa circunscrita no âmbito das fotografias coletadas por José Pedro Miranda. Para tanto se discute o estatuto documental da fotografia, destacando que em um ambiente de arquivo a fotografia adquire significado na série além da unidade, e que portanto, os conjuntos fotográficos construídos por José Pedro Miranda tornam-se expressão e materialidade de sua compreensão e produção intelectual. Interpretações sobre a construção de bibliotecas como narrativas são utilizadas como alusão a uma possibilidade de entendimento dos arquivos pessoais.
imagem e informação; fotografia; arquivos fotográficos; coleções; arquivo público e histórico de Ribeirão Preto; José Pedro Miranda