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Proyectar la memoria: del ordo nacional a la reapropiación crítica

Projecting the mind of the nation and freedom of thinking

Os seres humanos, historicamente, têm fixado suas memórias em uma diversidade crescente de meios. Atualmente, no entanto, longe da expansão criativa de novos suportes, os meios reduzem-se, de forma crescente, aos objetos digitais. Assegura-se, desse modo, a integração, mas garante-se também a sua total dependência da mediação externa. Nesta era de lembranças neuróticas, deve-se ter consciência de que a digitalização não promove apenas vantagens, como as indústrias culturais querem nos fazer crer, mas também desvantagens, especialmente em relação aos valores culturais, à liberdade da memória, à heteroconstrução de identidades e ao controle do cidadão pelo próprio suporte. Esses aspectos são frequentemente ignorados pelo pensamento dominante na Pesquisa em Organização do Conhecimento, sendo alimentado como tendência pelas elites dogmáticas. O poder é sempre projetado para se perpetuar e a memória é atualmente reescrita a partir dessa agenda imaginária. A comparação entre unidades hipotéticas da memória, confinadas em registros limitados e a figura geométrica de um cubo, apesar da redução metafórica, leva a diversas asserções, algumas delas pragmáticas, essenciais para colocar a Pesquisa em Organização do Conhecimento em uma posição, em larga medida pós-epistemológica, na qual a reflexividade e a complexidade devem comandar tanto as diretrizes quanto as ações dos pesquisadores e profissionais. Isso porque a interação da memória não é explicitável, constituindo-se em uma complexa rede de significados aberta para a instabilidade e a constante readaptação a "atratores culturais". A construção da exomemória é influenciada por preconceitos locais ou globais, dados historicamente por instâncias que se encontram além do alcance dos cidadãos. Um deles é a ordem nacional, uma tendência que inunda toda a existência, da autoconsciência lingüística à engenharia do conhecimento. A teoria da Organização do Conhecimento deveria estar comprometida com o desvelamento dos preconceitos ao atuar nos processos de organização e representação promovendo não a recusa preconcebida, mas a renegociação da presença de sua retórica invisível e real na construção da memória digital.

Pesquisa em organização do conhecimento; memória digital; teoria


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