Resumo
Vivemos hoje numa nova esfera virtual e global. Computadores e aparelhos eletrônicos (smartphones) nos fazem ficar on-line, imersos na ciberesfera, numa rede conectada num sistema todos-para-todos. Um mundo cada vez mais hiper-real tem implicações na dependência da nossa percepção em simulações. Todo o sistema é inundado pela indeterminação e a realidade é absorvida pela hiper-realidade da simulação, diz Baudrillard. A hiper-realidade e a simulação substituem e parecem mais reais do que a própria realidade. Devemos refletir sobre o que é o virtual e quais são os seus efeitos ou consequências, uma vez que cada novo meio eletrônico ou dispositivo digital traz novos procedimentos, comportamentos e modos de ser. Seguindo uma abordagem teórica e conceitual, pretende-se: a) compreender as implicações do virtual e os seus efeitos e b) problematizar as experiências cotidianas de hiper-realidade que remodelam e reestruturam padrões de cultura e interação social. O virtual não é apenas o que Baudrillard define como ilusão. O virtual pensa por nós. No passado recente nós é que pensávamos no virtual. Conclui-se que a tecnologia nos habituou à mediatização virtual e agora a percebemos como real, sem distingui-la do real, preferindo a potência ilimitada do ilusório com seus efeitos às limitações do real.
Palavras-chave:
Ciberespaço; Cibercultura; Hiper-realidade; Simulação; Virtual