RESUMO
Este artigo analisa diferentes camadas da pragmática do caos de Jair Bolsonaro - o nome que dou ao método reflexivo, ordenado e laminado de produzir um sentimento permanente de agitação, névoa e mal-estar em audiências políticas enquanto uma agenda conservadora e de livre mercado é radicalizada no Brasil. Os níveis comunicativos são: história, exemplificada pela carreira pregressa de Bolsonaro nas forças armadas: de sua atividade assemelhada a um líder sindical, à sua prisão e evidências de um plano terrorista; persona, indiciada pelas performances cômicas e não-sérias que o tornaram famoso como deputado federal e que foram midiatizadas em sua ação executiva como presidente; texto e fala, caracterizados por uma textura de enquadre incendiário, cortinas de fumaça, recuo, e evitação de debate; audiências, vistas da perspectiva do populismo digital, pedagógico e performativo que se consolidou em sua campanha, quase inteiramente desenhada para acontecer no espaço não-público de grupos de WhatsApp e em plataformas de mídias digitais, a um só tempo públicas e algorítmicas.
Palavras-chave:
populismo digital; cortinas de fumaça; enquadre incendiário; recuo; evitação de debate
Under his picture: “Discouraged and without prospects, cadets are abandoning the Agulhas Negras Academy”Copyright: Veja, Editora Abril.
Under Bolsonaro’s picture: “It’s only a few fuses”. Under the lower picture: “Protest of officers’ wives last year against Bolsonaro’s imprisonment”.Copyright: Veja, Editora Abril.
Copyright: Veja, Editora Abril.







“No one understood my silence, but now I explain it to you. Report violence against women. Call 180.”
Copyright: Veja, Editora Abril.