RESUMO
Neste trabalho, buscamos rastrear o percurso do sintagma "cultura de paz" no espaço público brasileiro desde sua gênese institucional até o ano de 2012, verificando sua consolidação durante a Década Internacional de uma Cultura de Paz e Não Violência para as Crianças do Mundo (2001-2010 - ONU) e seu funcionamento como fórmula discursiva (KRIEG-PLANQUE, 2010). Mostramos como é produzido um efeito de consenso na superfície linguística de um sintagma que, ao circular, é convocado por interpretações diversas que partem majoritariamente do sema central "convivência". Teremos como foco a relação entre a gênese de "cultura de paz" e a circulação de "discursos de guerra e de violência" materializados em práticas e objetos técnicos cotidianos.
Palavras-chave:
cultura de paz; fórmula discursiva; circulação de discursos