Com base no conceito de "via prussiana" defendido por Barrington Moore Jr., o artigo retoma importantes teses no estudo dos sistemas agrários fluminenses, na conjuntura de crise do trabalho escravo e de transição para o trabalho livre, argumentando que a ideia de uma "fronteira agrícola fechada" a partir da Lei de Terras é insuficiente para definir as relações de trabalho e de acesso à terra estabelecidas após 1888. As conclusões destas teses, quando analisadas em conjunto, nos permitem afirmar que a existência de terras livres exerceu forte pressão contrária aos mecanismos de "proletarização" do trabalhador rural, levando portanto ao emprego de "sistemas repressivos de mão-de-obra" como alternativa viável de preservação da grande propriedade, configurando assim um aspecto fundamental da modernização conservadora, tal como previsto por Moore Jr.
via prussiana; modernização conservadora; trabalho escravo; sistemas agrários; questão agrária