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A construção de ameaças e inimigos nos discursos presidenciais dos EUA (1993-2013)

RESUMO

A construção de ameaças e inimigos é uma constante da política internacional, e os discursos presidenciais possuem um papel importante nesse processo. Este artigo tem como objetivo mostrar como os discursos presidenciais dos Estados Unidos articulam narrativas e representações de ameaças e inimigos ao público norte-americano. Com base nos pronunciamentos do Estado da União de Bill Clinton (1993-2001), George W. Bush (2001-2009) e Barack Obama (2009-2013), veremos o funcionamento desse processo por vinte anos de política externa norte-americana. Serão empregadas duas técnicas de análise de discurso. A primeira destaca os processos de ligação e de diferenciação inerentes a identidades coletivas, enquanto a segunda, oriunda da narratologia, identifica a gramática narrativa que articula os papéis desempenhados na trama. Ao contrário de serem categorias fixas e estáveis, mostraremos que inimigos e ameaças são categorias em constante fluxo, que são construídas em um estado permanente de crise.

Palavras-chave:
Estados Unidos; discursos; política externa; ameaças e inimigos

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