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“Capazes de trabalhar”: domínio, política e cultura nas relações de trabalho do Atlântico Sul (séculos XVII e XVIII)

“Those who were able to work”: dominion, politics and culture in the labor relations of the South Atlantic (17th and 18th centuries)

“Capaces de trabajar”: dominio, política y cultura en las relaciones de trabajo del Atlántico Sur (siglos XVII y XVIII)

RESUMO

Este artigo é uma primeira abordagem das diferentes modalidades e relações de trabalho que se instituíram no Reino de Angola e na América portuguesa, nos séculos XVII e XVIII. A ênfase recai sobre as possibilidades de comparação das estratégias de domínio, controle e exploração da mão de obra das populações locais nos dois lados do Atlântico. Interessa-nos também compreender as formas de organização do trabalho de indígenas e africanos, ou seja, o próprio conceito de trabalho e sua relação com os demais âmbitos da vida social, os ritmos e tempos de trabalho, conhecimentos e técnicas, padrões de disciplina no cotidiano dos trabalhadores, antes das políticas de controle coloniais e as mudanças que elas causaram após sua implementação. Por outro lado, pretende-se conhecer como trabalhadores de variada origem e condição social vivenciaram modalidades diferentes de trabalho (não-escravo e compulsório), e elaboraram formas de resistência, negociação, (re)inventaram novas práticas culturais e de trabalho e criaram soluções para conflitos.

Palavras-chave:
Angola; América portuguesa; trabalho; legislação; conexões atlânticas

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