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Huguenotes, ingleses, abacaxis: associativismo abolicionista e escravizados nas rotas de fuga entre Pernambuco e Ceará na década de 1880* * Em tempos de pandemia, com arquivos fechados, a escrita desse artigo só foi possível graças à generosidade de Celso Thomas Castilho e Arthur Danillo Castelo Branco de Souza, que cederam cópias de importante documentação sobre o Clube do Cupim. O autor registra sua profunda gratidão.

Huguenots, Englishmen, pineapples: abolitionist associational movement and enslaved people in escape routes between Pernambuco and Ceará in the 1880s

Hugonotes, ingleses, piñas: asociaciones abolicionistas y esclavizados en las rutas de escape entre Pernambuco y Ceará en la década de 1880

RESUMO

Huguenotes, ingleses e abacaxis são termos que foram empregados por abolicionistas para ocultar a identidade de pessoas escravizadas que escaparam do cativeiro por rotas de fuga entre a Zona da Mata pernambucana, o Recife e os quilombos abolicionistas no Ceará. O artigo aborda a montagem de uma rede abolicionista interprovincial no início da década de 1880 e a intensificação das fugas de escravizados entre 1884 e 1888, observando em particular a atuação clandestina e radical do Clube do Cupim, bem como alguns aspectos relacionados à construção de sua memória no pós-abolição. O Clube se destacou em relação às associações abolicionistas do período pela diversidade social de seus membros e pela capacidade de promover a articulação de trabalhadores livres pobres, libertos e escravizados em operações que desarticularam o escravismo na região.

Palavras-chave:
associativismo abolicionista; Clube do Cupim; escravizados em rotas de fuga

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