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“Por onde deve começar-se a história do Brasil?”: eurocentrismo, historiografia e o Antropoceno

“Where Should the History of Brazil Start?”: Eurocentrism, Historiography, and the Anthropocene

“¿Dónde debe comenzar la historia de Brasil?”: Eurocentrismo, historiografía y el Antropoceno

RESUMO

O presente artigo parte de debate ocorrido na segunda metade do século XIX na historiografia brasileira a respeito de qual deveria ser o ponto de partida de uma narrativa da história do Brasil: a Europa (por meio do contexto da expansão europeia e das Grandes Navegações) ou a América (descrevendo-se, primeiramente, o território e as populações indígenas). Este debate envolvia a questão de definir os “antecedentes” da história do Brasil, assumindo para a história uma lógica narrativa dotada de implicações. O processo histórico assim escolhido definia um “centro” para a história do Brasil, que poderia ser “interno” (território e populações indígenas) ou “externo” (Europa, ou processo de expansão do capitalismo comercial). Aqui, buscamos analisar as implicações dessa tríade teórica antecedentes-processo-centro na historiografia de formação brasileira à luz, por fim, de reavaliações possíveis do lugar e papel das populações indígenas e da natureza na história.

Palavras-chave:
historiografia brasileira; eurocentrismo; Antropoceno; narrativa; meio ambiente

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