RESUMO
O estudo da administração e aplicação das temporalidades apreendidas dos jesuítas em 1767, nas diferentes regiões da América Latina, destacou o papel primordial de redes de ligações locais no acesso aos cargos e à posse desses bens. A partir desta perspectiva, a alienação do patrimônio rural dos jesuítas, confiscado pela Junta de Buenos Aires, recebeu menos interesse historiográfico. Este artigo centra-se na análise das operações de transferência de usufruto e propriedade das fazendas Areco e Las Vacas, concretizada no final do século XVIII. O objetivo é identificar as várias partes envolvidas e fazer avançar a análise dos métodos de gestão das Juntas portenhas em um período em que as mudanças políticas e institucionais da monarquia espanhola articula um processo regional de expansão agrícola e de reavaliação dos recursos produtivos.
Palavras-chave:
monarquia espanhola; temporalidades; elite local; vendas; fazendas