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Skinner e Feyerabend sobre o Método e o Papel da Ciência em uma Sociedade Livre

Skinner y Feyerabend sobre el Método y el Papel de la Ciencia en una Sociedad Libre

Resumo

Da obra de B. F. Skinner fazem parte preocupações de ordem epistemológica, encerrando discussões sobre metodologia e critérios de verdade, e outras de ordem política e social, concernentes à relação entre ciência e sociedade. De um discurso, em alguns aspectos, coincidentes com uma forma de positivismo, Skinner passou a crítico de tendências puramente formalistas sobre o método científico, e de uma defesa do gerenciamento da sociedade por especialistas, passou a uma crítica à centralização do poder e à proposta de uma forma de organização baseada no controle face-a-face. Tratando de temas semelhantes, Paul Feyerabend desconstruiu a ideia de um método científico universal, denunciou um caráter potencialmente opressor da ciência, reclamando que o conhecimento científico não deveria ter inerente predileção sobre outras formas de conhecimento para o acesso às instituições de poder. Considerando a relevância da obra de ambos os autores para debates suscitados no âmbito da história e da filosofia das ciências, este trabalho objetiva apresentar e discutir aspectos do comportamentalismo radical, de Skinner, e do anarquismo epistemológico, de Feyerabend, que tratam de temas comuns. Conclui-se que, apesar de diferenças salientes, as duas perspectivas contêm algumas proposições convergentes e virtualmente complementares, cuja interlocução poderia ser útil a seus objetivos de busca por uma sociedade livre.

Palavras-chave:
Filosofia da ciência; B. F. Skinner; Paul Feyerabend; Comportamentalismo radical; Anarquismo epistemológico

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