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Outros Inconscientes: Desconstruindo a Translucidez da Consciência Sartriana

Others Unconscious: Deconstructing the Translucidity of the Sartrian Consciousness

Resumo:

Este artigo coloca em questão o conceito de transparência da consciência, em Sartre, mostrando outras possibilidades de se pensar modos “inconscientes”, que não o freudiano, em sua filosofia. Ao rejeitar o inconsciente psicanalítico, ao mesmo tempo que propõe uma filosofia da consciência transparente, Sartre é frequentemente interpretado como aquele que assume e potencializa os problemas levantados pela herança do sujeito cartesiano, no séc. XX. Assim, é preciso, em primeiro lugar, apontar quais são esses problemas para, em seguida, interrogar o sentido da consciência transparente em Sartre, no intuito de verificar se, de fato, este acarreta nas consequências mais clássicas de tal característica. Nesse movimento, ocorre que a própria consciência revela elementos desconstrutivos, graças a seu caráter “espectral”, traço implícito, porém presente no texto de Sartre. Além disso, a investigação torna possível vislumbrar outras formas inconscientes - nesse caso, aspectos que indicam desconhecimento e opacidade na relação a si -, colocando finalmente em questão tal herança e suas consequências.

Palavras-chave:
Inconsciente; Transparência; Má-fé; Sartre; Sujeito

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