Resumo:
Neste artigo, elabora-se uma reflexão sobre a relação entre amor e conhecimento em Freud e Espinosa, tomando-se como núcleo da análise as teses de Freud, em seu famoso ensaio sobre Leonardo da Vinci. Busca-se mostrar que a oposição freudiana entre amor e conhecimento, a qual se deixa captar no conceito de sublimação, mas não tem lugar no pensamento de Espinosa. Na teoria espinosana dos afetos, tal oposição se desfaz; e é sobretudo através do conceito de Amor Dei Intellectuallis, apresentado na Parte V de sua Ética, que Espinosa deixa ver que, em vez de oposição, há antes a realização plena do amor enquanto ação da mente que conhece a si no seio da Natureza imanente.
Palavras-chave:
Freud; Amor; Conhecimento; Espinosa; Sublimação