RESUMO:
Pretende-se, com este artigo, analisar como a noção de epistemologias do Sul possibilita pensar também em um ethos sulista, no sentido de que a crise ambiental que assola a civilização tecnológica, crescida sob os auspícios do saber científico moderno, acabou por levar ao maior impasse ético da história humana, aquele que põe em xeque a própria possibilidade de sua existência no futuro. Dessa forma, almeja-se analisar como as comunidades tradicionais representam a concretização fática daquilo que o filósofo alemão Hans Jonas descreveu, em sua proposta de uma ética para a civilização tecnológica: um tipo de vida baseado na frugalidade e na temperança, diante da emergência da crise climática e da urgência de uma nova ética amparada na responsabilidade.
Palavras-chave:
Epistemologias do sul; Ethos sulista; Crise ambiental; Comunidades tradicionais; Hans Jonas