Neste artigo, quatro pontos são considerados. Em primeiro lugar, argumenta-se que os "espaços" da atenção psiquiátrica expressam a necessidade de responder ao grau de diminuição da liberdade pessoal do paciente. Em seguida, são discutidas as formas como o "mental" da doença mental tem sido reconhecido e categorizado a partir do século 18, apontando para dificuldades envolvidas ao se considerar o caráter mental do objeto da psiquiatria. Em terceiro lugar, são discutidas brevemente as formas como os sistemas atuais de diagnóstico e classificação se posicionam sobre essa realidade. Finalmente, as características de uma hipótese de trabalho que permita organizar de modo coerente os fatos clínicos e que proporcione uma perspectiva que seja heurística são analisadas.
Atenção psiquiátrica; problemas de diagnóstico e classificação; hipótese orgânico-dinâmica