Resumo
Introdução
Experimentar um trauma pode levar a consequências psicopatológicas, mas também a alterações consideradas positivas (ou seja, crescimento pós-traumático). Para que mudanças positivas ocorram é necessário um impacto nas crenças dos indivíduos, o que pode ser medido através do Core Beliefs Inventory (CBI). O objetivo deste estudo foi validar a versão em português do Brasil do CBI.
Métodos
Um total de 248 universitários (65,7% mulheres) responderam aos seguintes instrumentos de avaliação: ficha sociodemográfica, Inventário de Crescimento Pós-Traumático (Posttraumatic Growth Inventory – PTGI), Lista de Verificação de Sintomas Pós-Traumáticos - Versão Clínica (Posttraumatic Symptoms Checklist – Clinician Version – PCL-5) e CBI. As propriedades psicométricas do CBI foram avaliadas a partir de análise fatorial exploratória através de análise de componentes principais com rotação varimax. A consistência interna (α de Cronbach) e a validade convergente (correlação de Pearson entre os instrumentos) também foram investigadas.
Resultados
A escala total apresentou consistência interna adequada (α = 0,83). Uma solução de fator único explicou 42,63% da variação do CBI. Correlações significativas foram encontradas entre CBI e PTGI e entre CBI e PCL-5.
Conclusão
As propriedades psicométricas indicaram consistência interna adequada e validade de construto da versão em português do Brasil do CBI.
Transtorno de estresse pós-traumático; crescimento pós-traumático; crenças centrais; trauma