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Perfil epidemiológico do suicídio na Região Carbonífera Catarinense de 1980 a 2007

INTRODUÇÃO: O suicídio é um problema mundial de saúde pública. Estimativas apontam que, anualmente, mais de 1 milhão de pessoas cometem suicídio em todo o mundo. O Brasil possui um coeficiente mediano de suicídio (4,1 por 100 mil habitantes), porém o fato de ser um país de grandes dimensões faz com que características e níveis de desenvolvimento variem grandemente em diferentes regiões. Nesse aspecto, o sul do país se destaca por possuir índices acima da média nacional. OBJETIVOS: Estimar o perfil do suicídio nos municípios da Região Carbonífera Catarinense no período de 1980 a 2007. METODOLOGIA: Estudo ecológico, temporal, descritivo, que buscou caracterizar os aspectos epidemiológicos em relação aos meios empregados para cometer suicídio, estado civil, gênero, faixa etária e ocupação nos municípios da região nos anos de 1980 a 2007. RESULTADOS: Ocorreram 474 suicídios no período, o que gerou um coeficiente médio de 10,83 por 100.000 habitantes. Houve predomínio masculino, na proporção de 5:1, e pico na faixa etária entre 55 e 64 anos (11,31 por 100.000 habitantes). O meio mais utilizado foi o enforcamento (72%), e a ocupação mais frequente foi a dos trabalhadores braçais (11,60%); em relação ao estado civil, os casados foram os que mais cometeram suicídio (48%). CONCLUSÃO: A Região Carbonífera Catarinense apresenta coeficientes de mortalidade por suicídio acima da média nacional. O presente estudo destaca características próprias do suicídio na região, podendo contribuir para o desenvolvimento de ações preventivas.

Suicídio; epidemiologia; sul do Brasil


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