O artigo propõe alguns elementos de síntese e reflexão com vistas a recuperar os flancos de uma sociohistória do processo de autonomização do campo literário, cujas bases foram lançadas por Bourdieu. Essa história deve relacionar o exercício da atividade literária às suas condições sociais e aos tipos de constrições estruturais que incidem sobre ela. Tais constrangimentos provocaram a diversificação dos princípios de estruturação desse universo e a emergência de figuras concorrentes de autor: "o escritor de Estado", "o artista", "o intelectual" e "o escritor profissional", bem como uma variedade de instituições da vida literária.
França; Literatura; Sociologia da cultura; Profissões; Intelectuais