Resumo
O presente artigo pretende analisar, sociologicamente, a historiografia sobre a Universidade de São Paulo, destacando os padrões de escrita e publicação das diferentes “histórias da USP” e mostrando como cada um deles corresponde a uma posição social distinta no interior da instituição. Contrapõe-se particularmente a história oficial, escrita desde posições privilegiadas de poder e marcada pela primazia do relato pessoal e finalista, à história dos vencidos, de cunho filosófico, marcada pela defesa do projeto “original” da USP, ancorado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Por fim, mostramos como a história estrutural, que permite realizar a operação analítica central do artigo, também corresponde a uma tradição historiográfica própria, ligada às ciências sociais, em especial à sociologia, que também tem um lugar próprio na instituição.
Palavras-chave:
Universidade de São Paulo; Sociologia histórica; História oral; História estrutural; História institucional