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Gestão de recursos naturais em áreas protegidas: diálogo interinstitucional, capital social e agência na transição para sistemas agroecológicos

Resumo

Este artigo analisa os processos de participação e integração de grupos que vivem dentro e ao redor de áreas protegidas, na tentativa de converter métodos convencionais de produção agrícola em práticas agroecologicamente sustentáveis. Tomando como estudo de caso uma comunidade localizada na zona de amortecimento de uma grande unidade de conservação no Estado de São Paulo, e parte dos principais remanescentes contíguos da Mata Atlântica brasileira, este trabalho foca na articulação entre os múltiplos elementos existentes nesta área: um assentamento agroecológico, diferentes níveis de governança, sistemas internos de diferenciação e classificação social, agência comunitária, visões antagônicas de desenvolvimento e seus efeitos nas práticas de desenvolvimento comunitário. Examina também as conexões externas que a comunidade estabelece, atuando ao mesmo tempo como instrumento de reprodução do regime agroalimentar dominante, e contribuindo para a formação e fortalecimento de um circuito curto alternativo de produção, comercialização e consumo, integrando produtores familiares locais aos consumidores nos grandes centros urbanos.

Palavras-chave:
Transição agroecológica; Áreas protegidas; Desenvolvimento local; Governança multinível.

Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Av. Prof. Luciano Gualberto, 315, 05508-010, São Paulo - SP, Brasil - São Paulo - SP - Brazil
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