RESUMO:
O presente artigo analisa a relação entre patrimônio cultural imaterial e turismo na perspectiva de um dos agentes sociais que atua no campo patrimonial, o Estado, por meio das instituições responsáveis pelos processos de salvaguarda em Santa Catarina. Para tanto, explorou o significado atribuído a esta relação e verificou a presença de aspectos turísticos no planejamento e no apoio financeiro ao patrimônio imaterial. Parte de reflexões suscitadas no contexto do Projeto Tekoá: O Turismo de Base Comunitária na Ilha de Santa Catarina. Os referenciais teórico-metodológicos estão ligados ao paradigma qualitativo de investigação, com utilização de fontes primárias e secundárias, e com o alicerce teórico da Geografia, do Turismo e da Antropologia. Os dados foram construídos a partir de depoimentos e documentos institucionais e referem-se aos anos de 2017 e 2019. Como resultados, destacam-se a predominância do aspecto identitário e do consumo interno do patrimônio, com ações direcionadas para os grupos detentores dos bens e para os moradores, não configurando interesse prioritário no consumo turístico, divergindo de pesquisas, que apontam a prevalência do interesse no patrimônio cultural como ativo econômico.
PALAVRAS-CHAVE:
Patrimônio Cultural Imaterial; Turismo Cultural; Turismo de Base Comunitária