Resumo
O artigo discute o emergente conceito de pedagogia sócio-espacial, situando-o diante da necessidade de democratização do conhecimento espacial, ao propor o deslocamento do debate e da reflexão crítica encerradas em instituições e centros de pesquisa, que passam a ser entendidos como questões de interesse público, no sentido de informar e qualificar a prática espacial cotidiana. Dentro do escopo de possibilidades e práticas para a pedagogia sócio-espacial, apresenta-se a experiência de uma série de quatro oficinas, baseadas em jogos de tabuleiro desenvolvidos por estudantes de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para serem jogados com grupos de jovens moradores de favelas na periferia de Belo Horizonte. Os jogos serão analisados à luz da pedagogia sócio-espacial, enfatizando o papel dos jogos no processo de conscientização dos jogadores. A reflexão promovida pelo jogo adquire uma dimensão política na medida em que este possibilita a reconfiguração das relações entre sujeito e espaço.
Palavras-chave:
Pedagogia sócio-espacial; Jogos; Prática espacial; Conscientização; Democratização do conhecimento