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Atos de dissidência como urbanismo democratizante: o espaço político em Santiago de Chile

Resumo

Este artigo procura avançar na teorização de um urbanismo da dissidência. Confrontado com o descrédito experimentado pela democracia representativa, os cidadãos escolheram a rua e marcha como um meio para expressar a raiva. Esse fenômeno está aumentando e a cidade torna-se, então, um som que produz desconforto público. Usando o ambiente urbano como um meio para desafiar a democracia representativa construída em consenso, isso nos permite inferir o surgimento incipiente de um urbanismo que também rompe com a tradição dos processos de produção urbana consensual, hoje capturados pelo mercado imobiliário. Com base em evidências, o artigo expõe o potencial para desenvolver um urbanismo da dissidência e ajudar na democratização da democracia. A investigação centra-se sobre o caso de Santiago, uma cidade que desde 2006 teve um aumento significativo no número de engrenagens, tendo, ao mesmo tempo, diminuído a participação política. Como resultado, o artigo reflete sobre a importância de pensar o urbanismo decorrente dessas manifestações populares para moldar um espaço democrático de operações de produto dissensual.

Palavras-chave:
Dissidência; Democracia; Urbanismo

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