Resumo
O artigo discute a nova modalidade de governo dos pobres nos territórios de margens das cidades brasileiras, especificamente em suas favelas e periferias. Analisa, com base em pesquisas realizadas no Rio de Janeiro, dinâmicas que, a um primeiro olhar, poderiam ser supostas como locais: a disciplinarização de seus moradores, a mercantilização de seus territórios e a militarização de sua vida através das Unidades de Polícia Pacificadora. Argumenta que sua implementação local constitui um experimento de produção da ordem sem mediações democráticas para a gestão dos conflitos sociais, que tem potencial de ser replicado em outros territórios e situações, bem como em relação a outras populações sob a lógica do “militarismo urbano” (Graham).
Palavras-chave:
Militarismo urbano; Favelas; Periferias; UPPs