Resumo
Este artigo analisa a trajetória do queijo minas artesanal, produzido na Canastra (Minas Gerais, Brasil) dando ênfase a sua passagem por um centro de maturação, tomada aqui como um processo ritual e de desempenho do alimento. Tal passagem será analisada como um mecanismo particular para a transição biológica e simbólica do alimento de um estado a outro, num processo que engloba uma rede ampla de diferentes atores e momentos que compõem a “vida social” do queijo. No texto, procuro recuperar aspectos dessa trajetória descrevendo como o queijo ocupa um lugar privilegiado na formação de vínculos sociais e cosmológicos. Busco mostrar como o caráter artesanal do alimento demarcará diferenças não só em sua identidade mas também naquela dos agentes envolvidos.
Palavras-chave:
queijos artesanais; ritual; conversão; cura