Esta investigação trata da medicalização da sexualidade masculina no Brasil, centrada na criação de uma nova farmacologia do sexo na passagem para o século XXI, via o foco na disfunção erétil e na chamada andropausa. Destaca-se a nova ênfase na noção de saúde sexual baseada no aprimoramento individual e uso de medicamentos, além da promoção do interesse masculino no desempenho sexual, como porta de entrada para se chegar ao tratamento da saúde do homem. A perspectiva teórica baseia-se na análise antropológica das redes sociotécnicas que circunscrevem estes processos. No que se refere à metodologia, foi realizada pesquisa documental em arquivos históricos, material de imprensa e fontes do governo, além de entrevistas e etnografia em congressos médicos e eventos públicos.
medicalização; sexualidade masculina; saúde sexual; disfunção erétil