A capela seiscentista de São Miguel, localizada em bairro popular da cidade de São Paulo, mantivera-se sem uso por cerca de 10 anos. Na segunda metade dos anos 1970, colocava-se ao órgão gestor desse bem tombado o problema de sua revitalização em face do perfil da população do seu entorno. O equacionamento dessa questão, a partir de levantamento etnográfico sobre a produção cultural local, acarretou a mobilização de um número significativo de artistas populares da Zona Leste e a emergência do Movimento Popular de Arte. Por meio do relato dessa experiência e em debate com técnicos do Condephaat, são explorados alguns temas que inserem a preservação do patrimônio cultural num campo de conflito de interesses e luta ideológica.
patrimônio cultural; revitalização; mobilização; participação; movimento popular