Tendo como pano de fundo as políticas públicas brasileiras criadas para diminuir os maus-tratos às pessoas envelhecidas, este artigo aponta para uma ausência de controle e de fiscalização dos órgãos públicos nas instituições asilares, o que estimula a criação contínua dos estabelecimentos privados e o seu funcionamento precário. Trata-se, aqui, de analisar as condições de institucionalização e as relações entre os residentes e a equipe médica e técnica de uma casa geriátrica privada. Ao apontar para o (não) atendimento às necessidades básicas e cotidianas das pessoas que vivem nessas instituições e, consequentemente, para os (des) cuidados no final da vida, o artigo busca desmistificar a percepção de que, por serem privadas, elas dão maior atenção aos seus velhos residentes.
maus-tratos na velhice; institucionalização & asilamento; violência contra velhos