Resumo
Este artigo aborda os processos de territorialização, etnicidade e associativismo no Médio Rio Negro que desembocarão nas lutas mais recentes pelo reconhecimento oficial de terras indígenas. O eixo central da descrição e análise é o antagonismo entre o regime de aviamento e a “comunidade” enquanto modalidades de uso dos recursos naturais e estratégias de reprodução social. No Alto Rio Negro, em meados dos anos 1980 no cerne de um processo de inversão do estigma étnico, crise da tutela missionária e militarização desenvolvimentista; a comunidade se torna a base territorial de codificação política do associativismo emergente. No início do século XXI, o associativismo toma novo fôlego no Médio Rio Negro, colidindo com o aviamento e incrementando a luta por direitos territoriais.
Palavras-Chave:
Etnicidade; Estado; Amazônia; Povos Indígenas